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terça-feira, 25 de setembro de 2012

173º - 195º dia - VISTO AUSTRALIANO


Oi gente!!

Bom, muitos dias se passaram desde o último que eu postei sobre algum acontecimento dos meus dias aqui. Meu último post foi sobre o dia 2 de setembro e hoje já é dia 25.

Durante esses dias muitas coisas aconteceram, assim como ao mesmo tempo nada aconteceu.

Nesse tempo que não postei, tive que aplicar uma renovação de visto de turista aqui na Nova Zelândia, porque o meu iria expirar no dia 16, e fiz a aplicação 3 dias antes.

Alguns dias depois, a aplicação voltou dizendo que tinha sido negada, pois os documentos que comprovação financeira estavam no nome do meu pai, e teria que ser no meu. Como fazer isso? A solução era abrir uma conta num banco aqui da NZ, tirar extrato e devolver a aplicação.

Logo que fiquei sabendo do problema, já corri atrás para resolver. Chegando no banco, falei que queria abrir uma conta, e a funcionária falou que eu teria que ter um comprovante de residência, mas como estou morando em uma homestay, não tenho nada que comprove isso no meu nome. Então, a homestay mother teria que escrever uma carta dizendo que eu estava morando na casa dela, assinar e me mandar por e-mail para eu poder entregar no banco.

Tudo isso feito, fui no mesmo banco, mas em outra agência, que era mais perto de onde eu estava. E quando cheguei lá, perguntaram sobre meu visto. Eu disse que tinha o de turista e justamente estava abrindo uma conta para poder renová-lo. Neste exato momento o cara negou na hora, dizendo que precisava ter no mínimo um visto de estudante ou de trabalho. Eu caí no choro desesperada na frente dele, era minha última chance. Estava a um fio de ser deportada.

A Joice, menina na agência, que está me ajudando, começou a implorar pra ele, mostrar milhões de documentos, e eu chorando. Nossa, que aventura. Então ele disse que iria falar com a gerente, mas ela estava em uma reunião, teríamos que esperar por volta de meia hora.
Decidimos voltar na agência para esperar. Ficamos lá, usei o pc pra falar com minha mãe, estava apavorada. Enfim o cara ligou, mas disse que a gerente ainda estava em reunião, e que ia fazer o possível pra convencer ela. Mais uns 15 minutos e ele retornou a ligação, dizendo que tinham aceito meu pedido \o/
Fomos lá correndo, abrimos a conta, depositamos dinheiro, tiramos extrato e finalmente preenchemos outro formulário e fizemos uma nova aplicação.


Depois de tudo isso, estava um pouco aliviada, mas não totalmente, porque meu objetivo é outro. Fui no consulado e reclamei de novo sobre a demora do meu visto Australiano. O funcionário pegou meus dados, meu e-mail, e mandou um e-mail pra quem está processando meu visto. E disse que eu teria um retorno sobre isso na segunda ou terça feira, o ocorrido estava acontecendo na sexta.


No outro dia, sábado, fui com o Eduardo no aeroporto. Sim, ele está indo embora para o Brasil, e me deu tanta vontade de me enfiar na mala e ir junto. A sensação de ver ele voltando me deixou muito abalada e com muita vontade de voltar pra casa também.

Sabe de uma coisa? Vou voltar também! Falei com a minha mãe e decidi simplesmente voltar. Não aguento mais, isso tudo está me deixando acabada, preciso me recuperar, recuperar minhas forças. Cheguei totalmente no meu limite. É game over!

Nisso já comecei a fazer planos no Brasil, ir pra facul, trabalhar, tocar minha vida ao invés de ficar aqui, esperando para sempre uma coisa incerta. Já estava me sentindo melhor, mais feliz, porque iria ver minha família, me cuidar, poder comer a comida da minha mãe e ver todos meus amigos.

Comecei a preparar tudo, malas, ver sobre passagens, o que precisava cancelar e a forma de reembolsar algumas coisas. Até que chega hoje, terça-feira, e recebo um e-mail com meu visto da Austrália. Fiquei em CHOQUE! Comecei a chorar muito, sem saber o que fazer e pensando no motivo da vida estar fazendo comigo. Achei que pularia de felicidade quando isso acontecesse, mas só lágrimas expressavam minha tristeza e raiva no momento. Fiquei mal de novo, teria que ir pra Sydney, não veria minha família, perderia algumas datas importantes no Brasil e todos os planos que fiz iriam por água abaixo.

E é isso que vai acontecer, chegou meu visto tão esperado, e agora tenho que levantar a cabeça novamente e continuar nessa minha batalha. Pretendo viajar no final da semana e lá eu vejo o que fazer.


Obrigada a quem leu tudo e compartilhou todos esses sentimentos junto comigo. Ainda preciso muito da força de todos vocês!

sábado, 15 de setembro de 2012

6 meses de intercâmbio!

Hoje é uma data muito especial, data aquela em que estou completando exatamente 6 meses em que saí do Brasil, com alguma margem de erro por causa do fuso, mas ainda assim, meio ano.

São seis meses longe da família e dos amigos, seis meses sem a comida da mamãe e da Tia Vani, a melhor de todas. Longe do típico feijão e arroz, e daquela minha preferida, a batata doce caramelada. Seis meses longe dos que sempre me dão força, dos que me fazem sorrir quase todos os dias, longe dos que me encorajam a ficar aqui cada vez mais.

Meio ano longe do meu quarto com a parede personalizada do meu jeito, longe da minha caminha confortável e do meu travesseiro. Longe! Sem brigas com meus irmãos que tanto amo, sem assovios irritantes do meu pai e sem o carinho da minha mãe quando preciso chorar. Sem, também, as fofocas com a Tia Vani hahahaha.

Longe do Mindinho, que sempre vinha sentar no meu colo, e longe da Polly, que sempre vinha incomodar, mas querendo um carinho.

Longe dos chimas de domingos de manhã, assistindo jogos de vôlei ou corridas de fórmula 1, longe até dos jogos de futebol de quartas à noite e domingos à tarde.

Mas acima de tudo, perto, ou ainda melhor, DENTRO de um sonho, na descoberta de um eu que antes eu não conhecia. Na descoberta de uma força que não sei da onde estou tirando e de uma paciência que nunca consegui controlar, mas agora estou aprendendo.

Num mundo totalmente diferente onde todos são educados, a rua é limpa e os pedestres e sinais de trânsito são respeitados. Num mundo onde a arte e inclusive os próprios nativos são motivo de orgulho do país. Num mundo onde não existe violência e se pode sair de madrugada na rua, sem temer nada, a não ser a chuva que pode cair a qualquer hora.

Num mundo onde a natureza é valorizada e respeitada e onde pode se sair de chinelo na rua ou ir até mesmo na balada assim, que ninguém se importa. Cada um é cada um e ninguém se julga.

Cada vez me apaixono mais por isso e a fome de continuar é maior a cada dia, a cada gesto humilde que vejo.

Só tenho a agradecer a todos que estão fazendo esse sonho se tornar realidade! Continuem me mandando vibração positivas que isso só me faz bem.

Saudades BRASIL!



domingo, 2 de setembro de 2012

172º dia - Coromandel



5:30am e já estávamos levantando para nos arrumarmos e tomar café.

As 7 da manhã, o motorista veio nos pegar para nosso passeio do dia.

O tempo não está bom :/ Muitas nuvens, vento e frio.

No começo do passeio, passamos por várias praias, tiramos algumas fotos pelo caminho e ainda pegamos mais algumas pessoas.


Paramos na Cathedral Cove, e para chegar até lá, temos que fazer uma caminhada de uns 40 minutos. Subida, descida, escadas e chão batido, mas uma paisagem linda.



















A volta foi ainda mais difícil, porque foi mais subida. Mas o lugar é demais e a água é muuuito clarinha, mas infelizmente não tinha sol e o mar estava agitado, então não estava como queríamos :/ lindo de qualquer forma.

Depois disso, fomos para a Hot Water Beach. É uma praia normal, a água é gelada, mas se cavarmos na areia perto das pedras, a água é FERVENTE, muito quente mesmo.

Várias pessoas fazendo piscininhas para tomar banho e molhar os pés, mesmo com o vento gelado. O guia inclusive nos contou uma história de que já teve gente que cozinhou na água quente da praia.

Muito interessante o lugar. Queimei e congelei meus pés várias vezes durante o tempo em que ficamos lá. Os meninos se arriscaram num banho, eu não quis, porque já estou doente, ainda se fizesse isso poderia piorar.







E o nosso passeio foi acabando por aí, com a notícia de que o Ferry tinha cancelado a volta por causa do tempo, tinha uma tempestade se formando e teríamos que voltar de ônibus.

A viagem que faríamos por volta de 2h de ferry, fizemos por volta de 3 de ônibus, e não era nem aqueles confortáveis, grandes. Era um ônibus de linha normal :/

Mas não tinha muita gente e pudemos pelo menos colocar nossos pés em cima dos bancos hahahah

Chegamos em Auckland já de noite, e estava realmente MUITO FRIO. Vimos o horário do ônibus pra casa e ele passaria só depois de uns 40min, então sentamos num café perto da parada e ficamos esperando o tempo passar.

Última vez que vimos o Abdu, amanhã ele está pegando o vôo de volta para a Arábia Saudita. Sinceramente, vou sentir falta dele. Muito querido e leal!! Valeu Abdu :D

Chegamos em casa e todos já tinham jantado. Hoje é dia dos pais aqui na NZ e o pessoal aqui em casa fez bbq, pena não estarmos aqui :/

Desejamos feliz dia dos pais para o Mehdi, jantamos, e teve até bolinho :P

Tomei meu banho e fui dormir, dia foi cansativo, mas bem bom :D

171º dia - Coromandel


Bom dia NZ!!


Hoje acordei às 6 da manhã para me arrumar, tomar café e sair rumo à Coromandel.

Eu, o Dudu e dois árabes, vamos fazer uma trip nesse fim de semana.


Começamos indo pra city e passando no mercado para comprar algumas porcarias para a viagem, normal né.

Embarcamos no ferry e navegamos por volta de 2 horas até chegar no destino final: COROMANDEL.


O dia estava bonito, mas com algumas nuvens, nada que impedisse de fazer qualquer coisa.

Deixamos o ferry e pegamos um bus para ir até o centro da cidade, resolvemos sentar no fundo que era onde tinha lugar para nós 4.

No fundão do bus, já tinha uma senhora sentada, e eu fui a que sentei ao lado dela. Atrás tinha um lugar para colocar as mochilas, e ela estava com a dela em cima do banco, o que fazia com que eu tivesse que sentar bem na pontinha, porque não tinha espaço o suficiente. Então, perguntei gentilmente e muito simpática para ela, se poderia colocar sua mochila atrás, para que eu pudesse sentar sem ficar desconfortável. Logo recebo uma resposta rude e grosseira de que ela colocaria a mochila no chão, na frente dela. E começou a falar que não quer que estrangeiros venham falar o que ela deve fazer no país dela.

Falou também que não queria me bater e logo virou de costas. Fiquei com MUITO MEDO, ela estava fedendo a álcool e com um bafo horrível de cerveja. As vezes virava para mim e pedia desculpas, mas que ela tinha problemas (é, deu pra perceber), e meio que chorava.

Foi realmente MUITO TENSO e eu não via a hora de chegar logo, para sair do lado dela.

Todos decidimos o que fazer durante o dia, e nossa primeira programação seria andar com um trenzinho pelo meio da floresta e ver paisagens. Infelizmente tivemos que sentar no banco atrás da mesma mulher. Que sentou sozinha, mas o bus já estava lotado e mais um casal entrou, então ela tirou a mochila do banco e ficou oferecendo desesperadamente para que a mulher sentasse com ela.

Durante o caminho ela ficou conversando com a mulher e começou a chorar muito e fazer barulhos estranhos. Eu realmente estava muito assustada com a situação dela.

Chegamos e fomos fazer nosso passeio de trenzinho. Foi bem legal, super interessante. E vimos paisagens bem bonitas mesmo. Quando os dois trenzinhos pararam para subir em um mirante, o guia começou a contar uma história sobre a cidade e a mulher não parava de chorar e falar algumas coisas. Bem louca mesmo, mas pelo menos ela não vai fazer o próximo passeio com a gente.





Quando acabou, pegamos uma van e fomos para um tour pela cidade, fizemos uma trilha para saber sobre a história das maiores árvores da Nova Zelândia. Elas vão sempre de encontro à luz do sol, então crescem cada vez mais e se torna praticamente uma disputa entre árvores para ver quem chega primeiro e consegue ter contato com o sol.

Assim como os galhos, eles só começam a crescer beeeem lá em cima, o tronco dela é praticamente nu.

Vimos também uma pequena cascata, água bem limpinha, mas quesito beleza, nada comparada com as que a gente tem no sul do Brasil.



Siamese Kauri



Quando o passeio acabou, pedi para o motorista nos deixar no nosso backpacker, o YHA. Chegamos lá, largamos nossas coisas, demos uma olhada por lá e fomos no mercado comprar ingredientes para cozinhar \o/ saudades de uma boa comida!

Adivinhem o cardápio? Strogonoff, certo!

Voltamos, tomamos nossos banhos e começamos a cozinhar. Fizemos strogonoff e batatas fritas, já que aqui não existe batata palha. E, modesta à parte, estava uma delícia. Os meninos adoraram também.

Depois de organizar tudo, chegou a hora dos estudos :P

Enquanto eu estava deitada, os guris ficaram estudando e ensinando inglês para o árabe que não sabe quase nada.



Logo fomos dormir, porque o dia foi cheio e amanhã tem mais!

166º - 170º dia


Essa semana foi mais ou menos, não muito triste, mas também, não muito feliz...

Continuo na espera do meu visto que não chega, e isso está me deixando cada vez mais nervosa, porque na Austrália já está tudo acertado.

Única coisa que fiz de diferente foi ir no W.I.N.O., que é a “reunião” do pessoal da escola em algum bar nas quartas feiras.

E na sexta-feira fui de manhã para o centro, comprei uma bandeira da NZ e uma caneta, e fui para a escola na formatura do Abdu e de mais várias pessoas. Na vez do Abdu, eu e o Eduardo demos pra ele a bandeira e a caneta que é pra todos assinaram ou deixarem um recado. Ele está indo embora para a Arábia Saudita na segunda feira. :/

Depois da formatura eu, ele, o Bruno e o Dibs (Tailandês), fomos almoçar em um restaurante juntos e depois tomar um sorvete. Ficamos caminhando pela cidade, pois não tínhamos nada pra fazer e depois esperamos o Dudu e o outro árabe chegarem para bookarmos nosso passeio do final de semana, já que são nossos últimos dias aqui.

O Abdu tinha combinado com um pessoal de ir num bar essa noite para fazer sua despedida, mas eu já tinha avisado minha mãe que eu jantaria em casa. Então voltei pra casa com os meninos, comi, tomei banho, arrumei minhas coisas já para a trip de amanhã e eu e o Eduardo voltamos pra city.

Fomos no bar que tínhamos combinado, mas não era bom, o tipo de gente que frequenta o lugar não é muito legal. Decidimos ir no bar ao lado que parecia mais vazio e com mais cara de Abdu. Hahahaha

Ficamos lá e só um casal foi, tadinho do Abdu :P mas igual, tivemos que ir embora bem cedo, porque nosso último bus passa cedo e também vamos acordar super cedo amanhã.